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BRASIL, UMA VERGONHA SOCIAL

Comemoramos a data de 13 de maio de 1888 (século XIX), a libertação de um povo oprimido e escravizados pela sociedade imperialista do Brasil Império, concedendo a liberdade aos negros escravos vindos da mãe África, através da Lei Áurea, assinada e decretada pela princesa Izabel.

Esta comemoração, ainda não foi concretizada totalmente, em pleno século XXI, devido à falta de consciência da nossa sociedade, diante da discriminação racial e social, que oprime e discrimina os nossos irmãos da raça negra e outros, pela condição sócio-econômica-financeira a qual se encontram.

O caráter, a dignidade de um povo, não se julga pela cor da pele, muito menos pela sua condição social. Presenciamos criaturas bem-sucedidas, se desviarem do caminho da legalidade, para poderem atingir o ápice do poder, subestimando os que lhes servem e lhes enriquecem com os seus trabalhos, e, no entanto, se consideram importantes por serem da raça branca.

Presenciamos, no dia a dia, trabalhadores se deslocarem para os seus trabalhos domésticos, em condomínios de luxo, obrigando-os a utilizarem entradas e elevadores específicos à sua posição de empregados (as), para evita-los (as) utilizarem as entradas sociais, o que demonstram um tratamento diferenciado, por apenas e tão somente, pertencerem a uma sociedade menos favorecidas, e dependentes da força de trabalho para sobrevivência.

A maioria destes profissionais são criaturas guerreiras, que com sua humildade e benevolência, cuidam dos filhos dos seus dignifico patrões, deixando as suas casas no amanhecer de um novo dia, colocando os seus rebentos em creches, para poderem lutar pelo pão de cada dia. 

Tratar bem estes profissionais é mais do que uma obrigação, é um dever de todos. O que seria dos patrões se eles não existissem? A patroa conseguiria trabalhar, e ao mesmo tempo manter a casa em ordem, providenciando o almoço dos filhos e conduzindo-os diariamente ao colégio? Acredito que seria impossível.

Por que não tratar estes nossos trabalhadores discriminados, como verdadeiros companheiros de batalha, concedendo-lhes a dignidade que tanto merecem, para poderem superar as suas amarguras diante deste mundo cruel em que estamos inseridos?

É difícil para esta sociedade entender que somos todos iguais perante a Deus? Olhem estes trabalhadores e trabalhadoras, como seres humanos merecedores dos nossos respeitos e da nossa consideração, tratando-os como gostaríamos de ser tratados por todos.

Este mês de maio, é um mês que merece a todos uma reflexão sobre os nossos atos. É comemorado o mês de Nossa Senhora de Fatima (13), a Abolição da Escravatura (13), o Dia dos Trabalhadores (01) e o dia dos Pretos Velhos (13), símbolo espiritual daqueles que sofreram as angustias e as dores dos chicotes, rasgando a pele das suas costas, em castigo aplicados pelos senhores de engenho, e executado pelo capataz.

Não temos o direito de tratar os nossos semelhantes se não com amor, humildade, fraternidade e caridade, pois, o maior exemplo e atitude de sentimentos sublimes aplicados entorno de todos os que lhes seguiram foi o amor, incomensurável, do nosso amado Nosso Senhor Jesus Cristo. Compete-nos refletir, quanto as nossas atitudes, para que possamos mudar, para melhor, o tratamento que dispensamos aos nossos semelhantes.

Senhores, não devemos esquecer nunca: “Que a pá que remove a terra para o descanso eterno dos pobres, é a mesma que remove a terra para o descanso eterno dos ricos”. Tratar os menos favorecidos com humildade, caridade, fraternidade e amor, é reconhecer a existência de Deus em nossos caminhos.

A luta continua neste Brasil, enquanto existirem homens de bons costumes, que valorizem o ser humano como a principal obra do nosso Criador.

 Resgatemos Deus em nossos corações, para que o mundo, em nossas vidas, se torne um mundo melhor.

Leonel Farias
Enviado por Leonel Farias em 06/05/2025