A criatura humana tem sofrido constantes mudanças em seu comportamento, distanciando um dos outros, como se mundo e as pessoas não existissem ou não existem em suas vidas.

Não consigo mensurar o porquê desta realidade, uma vez que, tenho observado que a nova geração vem nascendo com uma inteligência aflorada, deixando-nos perplexos diante do saber internalizados em suas mentes, sem que tenham tido a oportunidade de aprenderem o que falam e o que conseguem fazer na infância em que se encontram.

Por outro lado, fomos criados em outra realidade, donde fomos educados pelos nossos pais, frequentando os bancos das escolas primárias, obedecendo os nossos mestres, sendo eles, uma continuação educacional recebida dos nossos pais.

Aprendemos a ser simpáticos com todos ao nosso redor, ser empático, humilde, sem demonstrar posição social que porventura viria inibir ou afastar as pessoas de nós.

O respeito aos mais velhos, independente dos laços familiares, era uma obrigação moral estabelecida durante o nosso processo educacional na família.

Observamos, que a época de hoje, além das crianças já nascerem um tanto quanto mais desenvolvidas, o processo educacional sofreu mudanças radicais a ponto de não mais assistirmos os filhos, ao menos, pedirem bênçãos aos seus pais e avós.

A educação religiosa, que era uma obrigação no passado, deixou de existir nas escolas primárias, mesmo sendo escolas religiosas, o processo se tornou desinteressados no plano de desenvolvimento moral, intelectual e religioso. E era, sem sombra de dúvidas, uma forma sublime de conduzir os filhos a prática do bem, e a acreditar em Deus, a razão da nossa existência, para aqueles que acreditam em nosso Criador.

Hoje, vimos os nossos jovens completamente alienados, com relação a religião, sem ao menos saberem a oração que o Pai nos ensinou, muito menos, os princípios morais para o aperfeiçoamento humano, como a humildade, fraternidade, caridade e amor.

Não radicalizo este comportamento a todos os jovens, mas, não vejo nenhum jovem com comportamento de quem recebeu e assimilou ensinamentos Cristãos para a sua redenção e evolução material e espiritual.

Acredito, que as mudanças radicais foram causadas pela necessidade de sobrevivência dos pais para o bem-estar dos seus filhos, deixando-os a mercês de secretarias e/ou de escolas integrais, na condução e educação dos filhos.

Daí as minhas dúvidas quanto as mudanças, pois a distância entre as criaturas, estão sendo causadas pela a ausência do relacionamento pessoal entre as famílias, decorrente das obrigações no trabalho.

Criei os meus filhos com liberdade vigiada, donde, aonde quer que eles fossem, sem que percebessem nós estávamos próximos, verificando, com cuidado para que não fossemos descobertos, com quem eles estavam se relacionando, qual era o ambiente e o nível de pessoas presentes naquele lugar. No outro dia, conversávamos com eles indagando-os quanto ao momento de lazer que passaram no dia anterior, e quem estavam na companhia deles.

Hoje, a liberdade é total, e os pais pouco se importam com o que os filhos estão fazendo e com quem estão andando. Este é o preço da falta da presença materna no seio da família, decorrente da necessidade em lutar pela sobrevivência, contribuindo com a manutenção familiar.

Peço a Deus que estas famílias não venham a sofrer decepções pelos desvios praticados pelos seus amados filhos.