TRISTE REALIDADE

Presenciamos no ano que passou, uma infinidade de acontecimentos desastrosos que ceifaram vidas, de uma simples chuva a tempestades violentas, que inundaram várias cidades no nosso País.

Muitos foram os desabamentos que levaram famílias ao desespero, pelas perdas materiais e de entes queridos, soterrados nestas catastróficas tragédias, muitas vezes, anunciadas, sem que os poderes constituídos tomassem providencias preventivas para evitarem tais sofrimentos.

É lamentável estarmos impotentes diante de tanta irresponsabilidade dos nossos líderes, que estão muito mais preocupados em se autopromoverem, oferecendo ao povo verdadeiras apresentações artísticas durante as festividades natalinas e de fim de ano, do que resolver os problemas daqueles que se encontram desprotegidos e largadas ao léu, em busca de uma morada e de um meio de trabalho para a manutenção alimentar dos seus familiares.

Fico a refletir o que se passa na mente destes artistas, que ganham mundo de dinheiro, para levar a alegria a um povo que pouco está se importando com os seus semelhantes, que neste momento, com o coração partido, chora a falta de um alimento para junto a família brindar a chegada de um novo ano. Enquanto isto, nos camarotes caros, das apresentações, se fazem presentes a alta sociedade, que durante o ano que passou, nada fez para dirimir o sofrimento daqueles que, hoje, encontram-se abaixo da linha de pobreza.

Levo o meu pensamento ao alto, e pergunto: Oh! Meu Senhor Deus. O que passa na mente destas criaturas, em brindar com champanhe e vinhos caros o Natal e a passagem de Ano, sem ao menos, lembrar que ali, próximo a morada deles, encontram-se criaturas necessitando de uma fatia de pão, para enganar o estomago dolorido da falta de um alimento.

Senhor, que a vossa misericórdia haverá de suprir estas faltas, concedendo aos menos favorecidos, a Luz que fortalece o espírito, e a água energizada pelas centelhas da vossa Luz, para minimizar as dores da fome.

Aos os nossos irmãos, que não aprenderam com os ensinamentos de Cristo, que a caridade, a humildade e a fraternidade são os únicos meios, sem custos, de alcançarmos a salvação.

Ser humilde, é ter empátia para com os nossos semelhantes, não importando a classe social, a cor da pele e muito menos sua opção de gênero. É acolhe-los com a dignidade que merece, pois como filhos de Deus, são também nossos irmãos.

Praticar a caridade, é se solidarizar-se com os nossos semelhantes, que em decorrência das dificuldades que se encontram, esperam por todos nós, uma palavra de conforto, um aperto de mão, um abraço fraterno, e se possível, dividir um pouco do que temos para minimizar o sofrimento dos nossos irmãos.

Esta é a triste realidade em que vive o nosso povo.

Deus acima de tudo e Cristo acimo de todos.