A VOZ DE UM ÍNDIO
Na aldeia do meu pai
Vejo a estrela brilhar
Vejo a lua iluminar
E o nosso povo a orar
Os nossos filhos a chorar
A fome que não consegue passar
Só a força de Tupã
Haverá de ajudar
Peço a Tupã a força
Para da natureza tirar
O alimento que mata a fome
Do corpo do índio a definhar
A floresta está morrendo
Em fogo que o homem atiçou
Não podemos suportar
A tristeza em ver a terra chorar
Sou um índio pequenino
Que em Tupã acredita
Que o mundo há de mudar
Com o espirito da Luz a irradiar
Lua Cheia é meu nome
Da aldeia de Jequiriça
Sou guerreiro destemido
Filho de Tupinambá